A cena que vi hoje serviu de ponto de partida para este post: uma senhora nos seus cinquenta e muitos sessenta e poucos anos a descompor um rapaz de vinte e tal anos que, no meio da rua, falava, moderadamente alto, com outro dizendo vários palavrões, que as pessoas á volta podiam ouvir.
Não considero uma ofensa um jovem dizer palavrões à frente de alguém mais velho. Não me venham com tretas que é falta de respeito e não sei quê. O respeito é muito bonito quando tem dois sentidos, porque se só tiver um passa a ser hipocrisia. Não digo que não haja raras excepções, mas a maior parte das pessoas que se sentiriam ofendidíssimas e que exigem respeito aos mais novos, não os respeitam. Se alguém me vier dizer “Uma menina… a dizer asneiras…” eu sinto-me discriminada, desrespeitada. Quando vejo a minha geração apelidada de “rasca” sinto-me ofendida. Se me criticam pela roupa que visto, também me sinto discriminada. E ninguém me pode exigir que respeite quem não faz um esforço por me respeitar. Felizmente, não sou hipócrita.
Algumas pessoas costumam dizer que onde está um português está um ladrão. Realmente, desde que tenho reparado, é impressionante o número de pesssoas que vejo a roubar ou a admitir que roubam, como se fosse uma coisa normal.
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